sexta-feira, 9 de setembro de 2011

PSICOLOGIA



Segundo os autores do livro Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia, para melhor compreender a psicologia, deve-se ter conhecimento dos diferentes tipos de conhecimentos; o senso comum, o filosófico, religioso e científico. A partir daí deve-se diferenciar os diversos tipos de conhecimento para identificar o científico como conhecimento básico da psicologia.
Assim, os autores argumentam que a ciência compõe-se “de um conjunto de conhecimento sobre fatos ou aspectos da realidade expressa por meio de uma linguagem precisa ou/e rigorosa”. Mas a ciência não é a verdade absoluta, as suas teorias podem ser revistas e refeitas, ela “deve ser passiveis de verificações e isentas de emoções”.
Ao explorar o conhecimento científico os autores abordam a noção de psicologia científica, deixando de lado os outros tipos de conhecimento, e revendo os inúmeros psicólogos do senso comum.
Com o advento da psicologia científica é importante determinar o seu objeto de estudo, abordando a diversidade do campo psicológico, onde é abordada varias definições para a delimitação do seu real objeto de pesquisa. Prosseguindo ele afirma que a psicologia é uma jovem ciência (assim como a história), por isso há uma dificuldade em apresentar uma cabal corrente de pesquisas teóricas e metodológicas, alem da confusão entre o pesquisador e objeto de pesquisa, o distanciamento nesse caso fica mais difícil.
Pulando um pouco o contexto histórico abordado pelos autores, a psicologia só foi considerada ciência após o século 19, antes disso a psicologia era uma ramificação da filosofia, sendo grandes nomes da filosofia precursores da psicologia.
Os autores também apresentam uma diversidade baseada no homem. Sendo a psicologia um conceito polissêmico, deve-se então compreender o homem para qualificar o seu objeto de pesquisa, e a partir daí delimitar o campo escolhido. Os autores apresentam no presente livro a psicologia como uma das mais influentes ciências da área de humanas, mas, deve-se “questionar a caracterização da psicologia, como ciência e a postular que no momento não existe uma psicologia, mas ciências psicológicas embrionárias e em desenvolvimento”, devido as grandes e diversas áreas da psicologia. Prosseguindo, os autores apresentam a subjetividade como objeto de pesquisa da psicologia, haja vista que nos deparamos “com diversos enfoques que trazem definições específicas desse objeto, pois cada um dos ramos das ciências psicológicas aborda o homem de forma peculiar”. Assim, o homem é a matéria prima do conhecimento das ciências psicológicas, sejam elas as visíveis, as invisíveis, as singulares ou as genéricas; o homem-corpo, o homem-pensamento; homem-ação e tudo mais que resuma a subjetividade do homem. Assim, os autores apresentam a subjetividade como característica do indivíduo, ou seja, o crescimento cognitivo de cada um. (Idéias, significados e emoções).
“Entretanto, a síntese que a subjetividade representa não é inata ao indivíduo. Ele a constrói aos poucos, apropriando do material do mundo social e cultural... criando e transformado o mundo esterno... o homem constrói e transforma a si próprio.”
Os autores argumentam que o homem faz parte dessa transformação, pois vive em um mundo objetivo com seres subjetivos, fazendo parte das ciências humanas. A psicologia tem diversas formas de abordar o seu objeto de pesquisa. No final do capítulo os autores alertam para a diferenciação entre psicologia e misticismos. Como tarô, quiromancia e astrologia, contudo o psicólogo do senso comum é figura presente no imaginário coletivo e a compreensão do outro e vista equivocadamente como a real psicologia.

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