sexta-feira, 9 de setembro de 2011

PRO DIA NASCER FELIZ- DOCUMENTÁRIO

PRO DIA NASCER FELIZ

Todos nós somos iguais e no fundo somos crianças,
Aprendemos a dar importância às diferenças
Mas não percebemos nossas semelhanças.
Vivemos no mesmo planeta,
Ainda somos estranhos no mesmo ninho.
Procuramos E.T.s e cometas,
Mas não conhecemos os nossos vizinhos.

Gabriel, o pensador.



A educação no Brasil possui inúmeros problemas, que não nos cabe enumera-los no presente momento, contudo, devemos levar em consideração o real objeto de pesquisas em todas as salas de aulas brasileiras, - tanto públicas quanto privadas-, que são os alunos. Mas não podemos esquecer o espaço onde estão inseridos esses alunos.

Para uma explicação cabal acerca da exata situação da educação brasileira, será necessário um extenso estudo tanto de sociologia quanto de psicologia, onde a própria coerção social pode definir a estagnação e a falta de perspectivas da maioria dos jovens da rede pública de educação. Onde mesmo com toda a propaganda do governo exaltando a eficácia da educação, os problemas são notórios, e a falta de uma estrutura educacional é sem dúvida o maior dos problemas que necessita de uma ruptura em seus métodos.

Mas mudemos um pouco o foco de nossa análise, repensemos não as diferenças, mas as similitudes dos alunos das escolas brasileiras.

No documentário “Pro Dia Nascer Feliz” os produtores mostram a realidade de diferentes mundos dentro do mesmo espaço. Porque perspectivas tão diferentes para alguém que divide o mesmo tempo e espaço? Por que tantas dúvidas já que são tão delimitadas as fronteiras desse espaço intelectual e físico? Por que é tão difícil compreender esse momento de transformação na vida desses adolescentes? Mas as respostas são tão complexas quanta as perguntas. Onde os educadores concordam que a educação está “doente”.

Durante todo o documentário, percebi o descaso com o ambiente em que acontece a educação publica. Aquele ambiente que era pra ser público, ora parece privado. Pois a povo está sem saber, o que fazer com o lugar que era para ser de conhecimento e sabedoria.

Em boa parte das entrevistas, os adolescentes sentiam falta de um ambiente familiar saudável, com duvidas e medos contemporâneos, queriam se perder para se encontrar, e, se encontrar, para de novo cometer novos erros. Queriam fazer parte dos sonhos daqueles que estão em volta, em contra partida queriam construir seus próprios caminhos. Uma das entrevistadas argumentou o seguinte: “Não estou preocupada com a conclusão, é o processo que me encanta”. Isso é aprender por amor ao conhecimento. Contudo isso não exclui as duvidas do cotidiano. Outro exemplo foi de um aluno que vive conforme a comunidade espera que ele viva, andando armado, questionando autoridades e refazendo leis. E pra ser sincero não estamos preparados para tais alunos.

A família é muito importante nesse momento de formação, mas às vezes ela se comporta como se não fizesse parte. A escola não é lugar de educação social, mas poderia ser se fosse reformulada. Mas afinal pra que serve a escola? Já que em inúmeros casos a educação que é feita em casa funciona muito bem. É claro que na maioria dos casos, a sociedade deixa pra escola tanto a educação intelectual quanta a ética e moral. Talvez esteja aí o grande erro.

No final, a história nos induz as muitas interrogações, às vezes parece que não haverá jeito para o futuro da educação, às vezes o jeito é preterir e encaminha-lo ao governo ou privatiza-lo, pois apesar de todos os esforços não conseguimos dar conta.

Mas surge a esperança de mudar um a um a sociedade, pois o que move a profissão e oficio de professor é mais os sonhos de um mundo melhor, do que a realidade do racionalismo que vivemos. Mas que a esperança e a razão se uma aos sonhos e cause uma metamorfose nas escolas publicas e privadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário